TOZAN ALKAN
( Turquia )
REVISTA BRASILEIRA – Academia Brasileira de Letras, Fase VIII, N. 88, Julho-Agosto 2016, ISSN 0103707-2
Ex. bibl. Antonio Miranda
Armi, mon ami
à memória de meu amigo Armagan Ozçpen
Havíamos de partilhara as mesmas viagens
levando algo de nosso
três ou quatro livros de poesia, três a quatro longos
caminhos para a tristeza.
Teríamos levado climas ao futuro
no intervalo do tempo cósmico
se não houvesses lançado teu grito do quinto andar
como um exército sem comando.
Um homem pode abrigar seu coração no espaço
esquecer o próprio nome a meio de caminho
sem uma tema para o dom da vida.
Havíamos de partilhar as mesmas viagens
levando algo de nosso;
um mapa, uma câmera, um canivete, em caso de
necessidade,
e um relógio.
Longo
Tu me exilaste na montanha do deserto
Tão pouco para um resto de bondade
A água contempla, disse, tende a esquecer
o amor e os seres amados
O amor é breve, e a ponte de Gálata parece longa.
Ogulotudur, bem sei, éo nome dessa planta
meu filho na primeira febre alta
pronunciou meu nome em delírio enquanto dormia
em outra terra
o nome das flores das montanhas é longo
Assemelhava o som do vento
um pássaro que voa
esqueceste de ti no alto da montanha
piuro rentável, cabeça empinada
mais longoa o secreto sofrer da solidão
*
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Página publicada em janeiro de 2023
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